Pressão com originalidade e risco

O cotidiano de um hospital público passou a fazer parte das noites dos brasileiros a partir de julho de 2017, com a estreia da série Sob Pressão, da Rede Globo. A terceira temporada terminou em julho deste ano e, após uma pausa, a série voltará a ser exibida em 2021. Para contar um pouco como é feita a produção que é inspirada em dramas da vida real, o diretor Andrucha Waddington, o roteirista Lucas Paraizo e a atriz Marjorie Estiano participaram de um bate-papo na Universidade, na quarta-feira, 28, mediado pelo professor Sergio Mota, do Departamento de Comunicação Social.

A equipe revelou que foi um desafio escrever um episódio em sequência porque era difícil cronometrar o capítulo em três blocos de 15 minutos, e conciliar os ensaios com os atores para adaptações do texto. Waddington contou que foram gravados três planos sequências em três dias, com 252 pessoas trabalhando em cada plano.

O elenco também falou sobre a representatividade que Sob Pressão busca trazer para o telespectador. Eles explicaram que a trama une originalidade e risco. Na opinião da equipe, um dos conceitos da série é promover uma identificação com as pessoas que dependem do sistema público, e, por outro lado, conscientizar aqueles que desconhecem essa realidade. Paraizo revelou que, no processo de criação da série, a equipe percorreu hospitais públicos para captar o clima e assim poder transpor para a tela a dinâmica desses lugares.

Marjorie Estiano, que interpreta a médica Carolina, relatou o processo de preparação para interpretar a personagem. De acordo com ela, as idas aos hospitais, públicos e privados, foram os momentos mais importantes do processo. A protagonista contou como lida com a parte emocional após cenas impactantes. Ela ainda comentou que o dia a dia dos hospitais que visitou na preparação, antes e durante a gravação da série, é muito pior do que a série retrata.

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