Revista Quem – “Marjorie Estiano: ‘Sob Pressão’ é um exercício de cidadania”

Atriz fala sobre fim de série, relembra momento mais difícil na atração e revela planos após última temporada “A saúde é um reflexo da educação, da cultura, da segurança, da economia… Ali dentro do hospital você tem um panorama da cidade”, pondera Marjorie. “A série orienta didaticamente e subjetivamente. Todo episódio tem uma cartela de orientação, de política pública. Transplante, importância de se consultar com um médico, de se vacinar, violência doméstica, todo tipo de orientação baseada nos casos de maior incidência nos hospitais”, explica.

Aos longo dos anos, o público foi conhecendo os traumas de Carolina, vítima de abuso que sofria de automutilação. O tema sensível, como tantos outros abordados em Sob Pressão, foi motivo de “Acho que foi a parte mais desgastante na vivência com a personagem. O processo de pesquisa foi devastador. Me deparar com a facilidade e a quantidade de material foi assombroso”, lembra Marjorie.

Em meio a tantas histórias que a série contou, qual foi a mais marcante para você?

Sem dúvida, a mais sofrida, o mais doloroso foi me aproximar do abuso sexual que Carolina sofreu na infância e adolescência. Acho que foi a parte mais desgastante na vivência com a personagem. O processo de pesquisa foi devastador. Me deparar com a facilidade e a quantidade de material foi assombroso. O abuso sexual é uma violência muito comum e o número é muito maior entre crianças, na maioria dentro de casa, com familiares, vizinhos ou pessoas próximas, e é de efeito prolongado. Mesmo após a interrupção da violência, lidar com essa ferida é bastante complexo, porque se reconstruir exige bastante da vítima também.

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