• 11/12/2019 - Marjorie Estiano concorre ao Prêmio Uol TV de Melhor Atriz 2019
    Fechar

    Marjorie Estiano concorre ao Prêmio Uol TV de Melhor Atriz 2019

    Quais foram os grandes destaques da televisão brasileira em 2019? Pelo quinto ano consecutivo, o UOL promove o Troféu UOL TV e Famosos, um prêmio que valoriza os melhores trabalhos realizados na TV brasileira durante o ano, numa eleição entre críticos, colunistas e o público.

    Marjorie Estiano concorre na categoria Melhor Atriz por sua atuação na série Sob Pressão.
    Além de Marjorie, Sob Pressão concorre em outras duas categorias: Melhor Série e Melhor Ator com Júlio Andrade.
    Você pode votar em todas as categorias dentre as opções pré-indicadas pela equipe de UOL TV.

  • 10/12/2019 - Sob Pressão vence APCA 2019
    Fechar

    Sob Pressão vence APCA 2019

    Os membros da APCA – Associação Paulista de Críticos de Arte elegeram, nesta terça-feira (9), os melhores de 2019 na Televisão para cada uma de sete categorias. A escolha ocorreu em assembleia no Sindicato dos Jornalistas do Estado de São Paulo.

    A série médica “Sob Pressão” conquistou o prêmio de melhor direção com Andrucha Waddington.

    Exibida pela TV Globo, Sob Pressão é assinada por Jorge Furtado, Mini Kerti, Luiz Noronha, Cláudio Torres e Renato Fagundes e tem como protagonista Marjorie Estiano no papel da cirurgiã Carolina.

    Os vencedores receberão o Troféu APCA na cerimônia da 63ª edição da premiação, em fevereiro de 2020.

  • 09/12/2019 - Última semana de Votação do Melhores do Ano e Prêmio F5
    Fechar

    Última semana de Votação do Melhores do Ano e Prêmio F5

    Marjorie Estiano concorre como Melhor Atriz de Série no “Melhores do Ano” e no Prêmio F5 pela performance feita na terceira temporada de Sob Pressão.

    As votações vão até 15/12 e contam o com voto popular.

    Votem!!!

    Melhores do Ano: gshow.com/domingao

  • 08/12/2019 - Mulheres Fantásticas
    Fechar

    Mulheres Fantásticas

    Marjorie Estiano participa hoje do segundo episódio da série “Mulheres Fantásticas”, no “Fantástico”.

    A atriz vai falar sobre a história de Maria Sibylla Merian (1647-1717), uma suíça naturalista e ilustradora científica que estudou as plantas e insetos e pintou-as em grandes detalhes.

  • 07/12/2019 - Crônica de Os Sete Afluentes do Rio Ota
    Fechar

    Crônica de Os Sete Afluentes do Rio Ota

    Entre tantos por aí que desejam ser influentes, recebo da arte um convite para ser afluente. Enquanto o mundo valoriza a prática de influenciar, ser youtuber ou digital influencer e ser vocal para definir como os outros devem ser, a arte, especialmente a peça Os Sete Afluentes do Rio Ota de Robert Lepage, dirigida por Monique Gardenberg, se apresenta como um chamado para ser afluente, deixar o caminho construir-se organicamente.

    Como as águas de um rio simplesmente fluem, a vida de cada um de nós simplesmente acontece. As águas dos rios fazem curvas, arrastam pedras, transformam a paisagem, e as nossas vidas são atravessadas pelo externo, por guerras e doenças, transformam a natureza.

    Assim, ser afluente e não influente é permitir o desaguar da vida no mundo, é pôr-se no mundo como se é e compor com todos os outros um rio caudaloso de experiências que segue o curso da história humana.

    Os Sete Afluentes Do Rio Ota possibilita o reconhecimento do que em nós aflui à vida, do que de nós deságua em atos e emoções para criar o rio da existência. A jornada dos diversos personagens da peça aflui à experiência solitária do que é ser afetado pela mudança. E é solitária porque é única e ninguém pode viver nós.

    Entre bombas atômicas, genocídios e epidemias virais, as personagens nos contam a história da segunda metade do século XX em voltas aceleradas do símbolo de yin-yang, nas tensões entre guerra e paz, masculino e feminino, ocidente e oriente.

    Essas imagens complementares de yin e yang compõem muitos dos quadros apresentados ao longo das seis horas de duração do espetáculo (que acreditem, passam sem que se perceba). Como numa das primeiras cenas em que o militar americano, em pé com sua farda pesada, se encanta com a beleza da gueixa, sentada com seu leve quimono e seu rosto desfigurado pela explosão da bomba.

    Ao invés de armas, ele aponta para ela uma máquina fotográfica e registra sua beleza deitada no tatame como a de Vanessa Redgrave em Blow-up de Antonioni. Luciana Barone, pesquisadora da Unicamp, em sua tese de doutorado intitulada Sete Afluentes para Robert Lepage afirma que “a própria ideia do flash da máquina lembrava a explosão da bomba e a fotografia reveza seu papel, entre anteparo físico da memória e espelho que reflete o sujeito fotografado.”

    Então, o espetáculo é dividido em sete atos, como os sete afluentes do Rio, construído a partir de um épico transcultural, passando pela Hiroshima ocupada pós-hecatombe. Passando por campos nazistas em Praga; pela nova York revolucionária e musical dos anos 1960; a Amsterdã infectada pela Aids nos anos 1980; e de volta à Hiroshima reconstruída dos liberais anos 1990. E tudo se encerra com um trovão no ano 2000.

    No meio disso, uma das melhores sequências, se passa em Osaka, nos anos 1970, num jantar hilário em que o prato principal é a incomunicabilidade nossa de cada dia. O que nos impede de afluir ao outro. Não percam uma fala dessa cena, é tão deliciosamente confusa que me lembrou uma música do Moska que diz “eu já disse a vocês, essa dor sempre me ataca, dessa vez aconteceu por acaso em Osaka”.

    A presença de um tradutor em cena traz humor e revela o quanto nossos egos precisam de tradução quando defendemos pontos de vista tão veementes que não conseguimos enxergar o outro à nossa frente. Vale lembrar que este ato da peça foi ampliado para um filme, dirigido pelo próprio dramaturgo, chamado Nô em referência ao estilo teatral japonês que utiliza máscaras.

    E é assim: as personagens seguem o rio e vivem o ciclo de suas águas, transformam suas identidades no movimento. Conclui Barone, “cada personagem busca a reafirmação de sua identidade a seu modo: Nozomi, a gueixa fotografada pelo militar, quer seu retrato, quer mostrar a todos o que a bomba causou em seu rosto, como em tantos outros. Hanako, a gueixa cega, liga-se a sua casa, próxima ao local onde a bomba foi explodida, mantendo viva a memória do local, antes da tragédia. Jana, uma judia sobrevivente dos campos de concentração da Tchecoslovaquia, adota uma filosofia de vida oriental, movida pela paz interna, pela paz de espírito. Sarah, também judia e vítima do holocausto, não resiste e abre mão da vida, feito a musa que entoava em seu canto”.

    Os Sete Afluentes Do Rio Ota estabelecer uma conexão entre as duas cidades destruídas pela bomba, Hiroshima e Nagazaki, o yin e yang mais uma vez se projeta na relação com a mulher receptiva do Oriente e o homem invasor do Ocidente. Japão e Estados Unidos em pólos opostos, nas explorações na ópera Madame Butterfly e na intervenção nuclear no “Rio Ota”.

    Na Hiroshima do fim do século XX, a chuva cai e o rio Ota segue em mutação recebendo todas as águas e seguindo em direção ao mar para se expandir. Esse é o chamado da peça: vamos afluir, ampliarmo-nos, o novo será gerado pelo movimento de cada um.

    Portanto, a experiência da mudança é solitária, mas o resultado é coletivo.

    E tudo flui, aflui, conflui, e agora também influi, mas sem a intenção de dominar. E sim de transformar o movimento em vida. O som do trovão, em grito de sobrevivência.